Índice

1. O ZINCO, SEUS MINERAIS E UTILIZAÇÃO INDUSTRIAL

O zinco e o chumbo são considerados metais base, ou seja, metais de grande e necessária utilização pela humanidade, porém menos valiosos que os metais nobres, por exemplo, como o ouro e a platina, que nunca se oxidam. Os metais base caracteristicamente formam compostos oxidados, produtos da sua combinação com o oxigênio, o elemento mais abundante da crosta terrestre (47%).

O Zinco (Zn) é o elemento químico de número atômico 30, um metal de transição do grupo 12 da Tabela Periódica. Em sua forma metálica, o zinco apresenta um brilho cinza prateado e é especialmente apreciado por sua alta resistência à corrosão (ICZ 2018a).

1.1. Minerais de zinco

Embora o zinco seja um elemento químico relativamente abundante na crosta terrestre, o 24º em abundância, ele não ocorre naturalmente em sua forma metálica, como acontece com elementos como o ouro e o cobre, dentre outros metais. O zinco ocorre sempre combinado a outros elementos, na forma de compostos sulfetados, principalmente, mas também silicatados.

O mineral mais comum de zinco é o sulfeto de zinco esfalerita (ZnS), também chamado de blenda (Figura 1). Outros minerais comuns de zinco são a willemita (Zn2SiO4), o silicato mais comum, e óxidos como a zincita (ZnO) e a franklinita (ZnFe2O4). Minérios de zinco secundários, desenvolvidos em condições superficiais, são denominados de calamina, constituídos de agregados microcristalinos ricos em minerais hidratados, como a hemimorfita (Zn4(Si2O7)(OH)2H2O).

Figura 1. Cristal do sulfeto de zinco esfalerita, da Mina de Morro Agudo, MG (foto: Paulo Henrique Amorim Dias).

1.2. Utilização industrial do zinco

O zinco metálico vem sendo produzido e utilizado pela humanidade há pelo menos 5 mil anos, com difusão inicial a partir do Oriente Médio e o Cáucaso. O zinco é utilizado principalmente na forma metálica, embora compostos de zinco também sejam consumidos em larga escala.

O zinco metálico é empregado no revestimento eletrostático (galvanização) de chapas e peças de ferro como proteção contra a corrosão. O metal é também amplamente utilizado em baterias elétricas e em ligas metálicas, com destaque para o latão, de coloração dourada característica, onde o zinco é combinado ao cobre em proporções diversas.

Uma grande variedade de compostos orgânicos e inorgânicos de zinco é utilizada na indústria química, como na produção de suplementos alimentares (carbonatos e gluconatos), de desodorantes (cloretos), e de tintas luminescentes (sulfetos).

A utilização do zinco depende de processos metalúrgicos de recuperação do metal a partir de minérios, que são rochas especialmente ricas em minerais de zinco. Os processos de beneficiamento do minério envolvem britagem, moagem e concentração mineral por separação magnética e eletrostática. A produção do metal envolve processos de lixiviação química e eletrólise e fusão para produção de lingotes.

2. O CHUMBO, SEUS MINERAIS E UTILIZAÇÃO INDUSTRIAL

O chumbo (Pb) é o elemento químico de número atômico 82, o mais alto entre todos os elementos estáveis da Tabela Periódica. Em sua forma metálica, o chumbo é denso, maleável e de baixo ponto de fusão (327,5 °C). Superfícies recém expostas de chumbo metálico são brilhantes, de cor branco azulado, mas logo oxidam, adquirindo um aspecto cinza fosco (ICZ 2018b).

2.1. Minerais de chumbo

O principal mineral de chumbo é a galena, um sulfeto (PbS) do sistema cúbico, denso, que apresenta brilho metálico (Figura 2). Minérios de chumbo são geralmente ricos em galena, e frequentemente apresentam teores subordinados de prata e antimônio. Minerais secundários de alteração superficial são comuns, formando agregados microcristalinos terrosos onde costuma predominar o clorofosfato piromorfita (Pb5(PO4)3Cl), o sulfato anglesita (PbSO4), e o carbonato cerussita (PbCO3) junto com uma miríade de outros minerais de chumbo.

Figura 2. Cristais de galena do Distrito de Plodiv, Bulgária (Foto: Claudio Valeriano).

O chumbo é minerado e purificado há pelo menos 5 mil anos, tendo a tecnologia metalúrgica sido desenvolvida e difundida a partir da Ásia Menor (atualmente Turquia). Os minérios de chumbo, que normalmente tem teores entre 3 e 8%, passam por etapas de beneficiamento que incluem geralmente moagem, concentração gravimétrica, flotação e extração do metal em alto forno.

2.2. Aplicações industriais do chumbo

Embora as aplicações industriais do chumbo sejam das mais diversificadas, cerca de 80% do chumbo metálico no mundo é utilizado em baterias de automóveis. O metal tem também a mais ampla aplicabilidade, como por exemplo em toda a indústria automobilística, naval, bélica e médica.

3. GEOLOGIA DOS DEPÓSITOS DE ZINCO E CHUMBO EM MINAS GERAIS

As minas, os depósitos e as principais ocorrências de minerais de zinco em Minas Gerais ocorrem em sua quase totalidade em rochas dolomíticas e subordinadamente metapelíticas do Grupo Vazante, na Faixa Brasília meridional (Figura 3). Esta unidade ocorre em uma área de ocorrência relativamente restrita no noroeste mineiro, consistindo em uma faixa de até 30 km de largura e comprimento de aproximadamente 300 km, que se estende desde Coromandel ao sul, passando por Vazante, Paracatu, acunhando a oeste de Unaí, ao norte. Nesta faixa metassedimentar não somente ocorrem depósitos de zinco e chumbo (Figura 4, Tabela 1), mas também encerram depósitos de fosfato, como nas localidades de Rocinha e Lagamar.

Figura 3. Distribuição de ocorrências de zinco e chumbo no estado de Minas Gerais. Além da faixa das rochas do Grupo Vazante, que contém os depósitos e minas de zinco e chumbo, ocorrências menos expressivas se localizam na região Montalvânia, no norte do estado, e na região metropolitana de Belo Horizonte, ambos em rochas carbonáticas do Grupo Bambuí (adaptado de Valeriano 2017).

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Figura 4. Principais ocorrências de chumbo e zinco no estado de Minas Gerais. A numeração se refere aos itens da Tabela 1. Mapa geológico modificado de Pinto & Silva 2014.

Tabela 1 Principais ocorrências de chumbo e zinco no estado de Minas Gerais

SUBSTÂNCIA TOPONÍMIA MUNICÍPIO Latitude Longitude
1 Zinco Falha do zinco Coromandel -18,468936 -47,092647
2 Zinco Engenho Velho Vazante -18,196131 -46,966684
3 Zinco Mata II Vazante -18,033819 -46,936541
4 Zinco Brecha mineralizada Vazante -18,0177 -46,91564
5 Zinco Brecha mineralizada Vazante -18,010733 -46,916794
6 Zinco Mina do Cercado Vazante -17,963528 -46,922721
7 Zinco Vazante Norte Vazante -17,974954 -46,904516
8 Zinco Lapa Nova Vazante -17,980347 -46,894301
9 Zinco Olho D´Água Vazante -17,946711 -46,893323
10 Zinco Gossan Vazante -17,938599 -46,827669
11 Zinco Masa Sul Vazante -17,930096 -46,821155
12 Zinco Mina de Vazante Vazante -17,915234 -46,815945
13 Zinco 1020_cava 5A Vazante -17,913069 -46,815907
14 Zinco Mina Extremo Norte Vazante -17,906487 -46,812072
15 Zinco Fazenda Mansur Vazante -17,808825 -46,74471
16 Zinco Biboca Vazante -17,766316 -46,740214
17 Chumbo veio da Cabeluda Vazante -17,719111 -46,77978
18 Zinco Mina Morro Agudo Paracatu -17,498682 -46,820035
19 Chumbo, Zinco Serra do Ambrósio Paracatu -17,202124 -46,776773
20 Chumbo, Zinco Fagundes Oeste Paracatu -17,00629 -46,875662

Ocorrências e indícios de zinco e chumbo, de menor expressão, ocorrem em rochas carbonáticas dos estratos inferiores do Grupo Bambuí (Formação Sete Lagoas) e do Quadrilátero Ferrífero, ambos dentro ou próximos da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

3.1. O Grupo Vazante na zona externa no orógeno Brasília

As minas de Vazante e Morro Agudo, bem como demais depósitos menores e ocorrências (Fagundes e Ambrósia), encontram-se distribuídas numa faixa de rochas metassedimentares de baixo grau metamórfico, agrupadas sob a denominação litoestratigráfica de Grupo Vazante (Dardenne 2000). As rochas do Grupo Vazante formam uma faixa de direção N-S na zona externa da Faixa Brasília meridional (Figura 5). Este orógeno neoproterozoico desenvolveu-se em processos colisionais ocorridos aproximadamente entre 640 e 600 Ma (Dardenne 2000, Valeriano et al. 2004, 2008, Valeriano 2017). Sua estruturação tectônica é caracterizada por um amplo sistema de dobras e cavalgamentos transportados tectonicamente para leste, em direção ao antepaís, representado pelo Cráton do São Francisco. Este bloco continental antigo consiste de um embasamento Arqueano-Paleoproterozoico compreendendo variadas associações granito-greenstone e faixas granulíticas arqueanas, sequências metavulcanossedimentares de rift continental e intracratônicas, e complexos acrescionários e arcos magmáticos paleoproterozoicos.

Figura 5. Os sistemas de cavalgamento tectônico da Faixa Brasília meridional, no Estado de Minas Gerais. As rochas do Grupo Vazante distribuem-se em uma faixa entre Coromandel, Vazante, Paracatu e Unaí, tectonicamente empurradas sobre as rochas Grupo Bambuí (adaptado de Valeriano 2017).

O embasamento arqueano a paleoproterozoico do Cráton do São Francisco é quase totalmente recoberto pelos estratos sedimentares de grau metamórfico incipiente, pelítico-carbonáticos, do Grupo Bambuí (Alkmim & Martins-Neto 2012). Devido à intensa imbricação tectônica (Carvalho et al. 2016)., que resultou em uma pilha de escamas de empurrão, as rochas do Grupo Vazante encontram-se cavalgadas pelos filitos e quartzitos do Grupo Canastra e cavalgam as do Grupo Bambuí a leste (Figura 6).

Figura 6. Distribuição das rochas do Grupo Vazante e localização das principais áreas de mineralizações de zinco e chumbo (adaptado de Monteiro et al. 2006).

A subdivisão litoestratigráfica do Grupo Vazante evoluiu ao longo dos vários trabalhos do eminente geólogo Marcel Dardenne, e seus colaboradores, ao longo de décadas. O ordenamento atualmente utilizado (Dardenne 2000, Rodrigues et al. 2012) encerra sete formações, algumas com discriminação de membros (Figura 7). As formações inferiores do Grupo Vazante, Rocinha e Santo Antônio do Bonito, são de constituição clástica, com ocorrência de conglomerados e diamictitos, e encerram os depósitos de fosforita de Coromandel, Lagamar e Rocinha. As formações superiores (Lagamar, Serra do Garrote, Serra do Poço Verde, Morro do Calcário e Serra da Lapa) constituem uma alternância de rochas clásticas finas (ardósias, metapelitos carbonosos) e de rochas carbonáticas, incluindo calcários, margas e dolomitos, localmente estromatolíticos (Dardenne 2005, Dardenne et al. 2005). Os dolomitos das formações Serra do Poço Verde e Morro do Calcário encerram os depósitos de (chumbo) zinco de Vazante e de Morro Agudo, respectivamente.

Figura 7. Coluna litoestratigráfica simplificada do Grupo Vazante (Dardenne 2000).

3.2. O Grupo Vazante e seus depósitos de zinco e chumbo

Os depósitos de zinco do Brasil são todos encaixados em rochas do Grupo Vazante, com ocorrência restrita ao Estado de Minas Gerais (Dardenne & Schobbenhaus 2000, Dardenne & Botelho 2014). Estes depósitos e ocorrências menores formam uma província metalogenética que responde por mais de 85% da produção nacional. E essa província é formada por dois distritos minerais: o Distrito Zincífero de Vazante e o Distrito Plumbo-Zincífero de Paracatu. No Distrito Zincífero de Vazante – DZV, o minério é o silicatado, representado pelo mineral-minério primário denominado de willemita e seus produtos secundários de alteração supérgena (calamina), com teores de zinco variando entre 16 e 39%. O complexo de minas desse distrito é operado pela empresa Votorantim Metais, recentemente integrada à Nexa Resources, com destaque para a mina subterrânea de Vazante e seus vários acessos, e um conjunto de cavas atualmente inativas, com destaque para as frentes de lavra denominadas MASA Norte e Sul, Cercado e Lapa Nova.

Esses depósitos ocorrem ao longo de zonas de falha (Falha de Vazante) com pervasiva brechação de rochas, via de regra dolomíticas, geralmente apresentando enriquecimento em hematita e willemita (Figuras 8 e 9).

As zonas de brechação, mineralizadas em zinco (Figuras 8 e 9), ocorrem acompanhando falhas normais discordantes ao empilhamento tectono-estratigráfico (Figura 10), como no caso da Falha de Vazante (Pinho 1990, Lemos 2011, Slezak et al. 2014). Zonas brechadas mineralizadas também podem se desenvolver ao longo de falhas de cavalgamento de baixo ângulo, como em vários depósitos subordinados que ocorrem no contato tectônico das rochas da Formação Serra da Lapa sobre as da Formação Serra do Poço Verde (Baia 2013, Dias et al. 2015). As zonas mineralizadas têm geometria filoniana, na forma de lentes descontínuas.

Figura 8. Foto de brecha hidrotermal com enriquecimento de hematita com willemita no dolomito, Mina de Vazante (Dias et al. 2015).

Figura 9. Foto da zona de brecha hidrotermal com enriquecimento de hematita com willemita no dolomito, ocorrência nos arredores da cidade de Vazante (Dias et al. 2015).

Figura 10. Seção esquemática da Mina de Vazante mostrando a falha normal controladora e a interação de fluidos meteóricos e hidrotermais (Oliveira 2013).

A associação mineral primária do minério da Mina de Vazante é composta por willemita (50 a 70%) e ganga de dolomita, siderita, quartzo, hematita, clorita, barita, franklinita e zincita. Esfalerita e galena podem estar presentes subordinadamente (Monteiro et al. 2006).

Estudos metalogenéticos na região de Vazante, envolvendo a composição química e isotópica das inclusões fluidas nos minérios e das rochas encaixantes (Monteiro et al. 2006, 2007, Baia 2013, Oliveira 2013, Dias et al. 2015), apontam para uma gênese dos corpos de minério a partir da interação de fluidos meteóricos (superficiais, oriundos da chuva), pobres em metais, com fluidos hidrotermais (quentes, de origem profunda) carreadores de metais, como ilustrado na Figura 10.

Em contraste com o minério silicatado do Distrito Plumbo-Zincífero de Vazante, representado pela willemita, no Distrito Plumbo-Zincífero de Paracatu, os minérios são sulfetados, representados pela esfalerita, com teores de zinco entre 5,0 e 5,2%. A associação com a galena apresenta minérios com teores de chumbo superiores a 1%. Esse distrito é formado pela Mina de Morro Agudo e depósitos ainda em fase de pesquisa como, por exemplo, em Fagundes e Ambrósia, todos no Município de Paracatu.

A Mina de Morro Agudo apresenta seus principais corpos de minério encaixados nos dolomitos e dolarenitos da Formação Morro do Calcário. Essa mineralização é formada por corpos estratiformes, sendo o minério geralmente composto por esfalerita e galena disseminadas, além de corpos de sulfeto maciço compostos de galena, esfalerita e pirita (Figura 11).

Figura 11. Amostra da Mina de Morro Agudo mostrando corpo de minério estratiforme formado por esfalerita disseminada (pintas amarelas). Foto: Marcus Paulo Sotero.

O depósito também mostra um sistema de falhas normais, representado principalmente pela denominada Falha Principal, que limita o corpo mineralizado da Mina de Morro Agudo a leste (Figura 12).

Figura 12. Perfil esquemático da Mina de Morro Agudo (adaptado de Neves 2011).

Estudos realizados na Mina de Morro Agudo, sintetizados na revisão de Neves (2011), apontam para a remobilização e percolação de fluidos salinos intersticiais de origem marinha e ou conata, nos sedimentos carbonáticos, como responsáveis pela gênese do minério (Figura 13).

Figura 13. Amostra da Mina de Morro Agudo mostrando corpo de minério estratiforme formado por esfalerita disseminada (pintas amarelas). (Foto: Francisco Vilela).

4. PRODUÇÃO NACIONAL E MUNDIAL DE ZINCO E CHUMBO

As reservas brasileiras de zinco (Misi 2016), de cerca de 198 milhões de toneladas, representam apenas 1,2% das reservas mundiais. Cerca de 30% dessas reservas ocorrem geograficamente concentradas nos municípios de Vazante e Paracatu, região noroeste de Minas Gerais (Figura 14). Reservas expressivas encontram-se no Pará (29%), no Mato Grosso (18%) e Rio Grande do Sul (17%). Reservas menores encontram-se ainda no Tocantins (4%), Bahia (3%) e Paraná (0,2%).

Figura 14. Reservas de zinco nas unidades da federação nacionais. O Estado de Minas Gerais contém cerca de 30% das reservas conhecidas (Misi 2016).

A produção brasileira de zinco em 2016, toda concentrada em Minas Gerais, foi de 273,3 mil toneladas de zinco metálico. A produção de chumbo contido foi de 9,7 mil toneladas (Votorantim Metais 2016).

As minas de Vazante (Oliveira 2013) e Morro Agudo (Neves 2011) produziram 2,3 milhões de toneladas de minério bruto, representando respectivamente 135,5 e 23,2 mil toneladas de zinco contido em concentrados (Votorantim Metais 2016).

A produção brasileira de chumbo em 2016 foi de 9,7 mil toneladas. Esta produção vem sendo totalmente fornecida pelas minas de Morro Agudo e de Vazante, ambas da Votorantim Metais Ltda (atualmente Nexa Resources), onde o metal é recuperado como produto associado ao zinco. Os processos de lixiviação e eletrólise envolvidos na produção final de zinco metálico são realizados em Três Marias, MG.

As reservas mundiais de zinco são de aproximadamente 220 milhões de toneladas em metal contido (USGS 2018), destacando-se as da Austrália (19,7%), da China (18,5%), dos EUA (18,5%) e do Canadá (7,2%). A produção mundial de zinco atualmente é liderada pela China. Os dez países maiores produtores de zinco em 2017 são relacionados na Figura 15.

Figura 15. Os dez países maiores produtores de zinco em 2017, segundo dados do USGS (2018), e a produção do Brasil (em vermelho) no mesmo ano, segundo o Relatório Anual da Votorantim Metais (2016).

O consumo mundial de chumbo, pela sua fácil refusão e recuperação, vem sendo majoritariamente utilizando chumbo reciclado, em contraposição à produção primária, tendência que vem sendo observada tanto no Brasil como na maioria dos países industrializados e em industrialização.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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