Cristais de perovskita, média de 0,2 mm (salitre, Minas Gerais).

Fonte: Oliveira (2015).

Índice

1. ASPECTOS GERAIS

O nome titânio deriva do grego Titan, termo que segundo a mitologia grega referia-se a uma raça de gigantes imortais e incrivelmente fortes (Woodruff & Bedinger 2013). Ele foi descoberto em 1791 por William Gregor, mas o seu nome foi conferido poucos anos depois por Martin Heinrich Klaproth. Este metal ganhou notabilidade quando Kroll, em 1946, criou um método que permitia a produção de titânio a partir da redução de tetracloreto de titânio com magnésio, garantindo sua produção em escala comercial (Christie & Brathwaite 1998). O titânio apresenta cor cinza prateada, é altamente resistente à corrosão e quimicamente inerte (Woodruff & Bedinger 2013). Ele apresenta cinco isótopos (massas 46, 47, 48, 49 e 50), dentre os quais o isótopo de massa 48 é o mais abundante (Rosman & Taylor 1998).

Segundo Lins (2008), o titânio está relacionado tanto com compostos da classe dos minerais metálicos, quanto da de Rochas e Minerais Industriais (RMIs). Na primeira classe, estão aqueles minérios ou minerais dos quais os metais são extraídos para diversas aplicações. Por outro lado, os RMIs são aplicados diretamente (com pouco ou nenhum tratamento) ou são usados como matéria prima. Neste segundo grupo encontram-se os minerais de titânio usados para a produção de pigmentos.

Os principais minerais de titânio são ilmenita, anatásio e rutilo, estes últimos polimorfos de TiO2. Em 2014, África do Sul, Austrália e China eram os maiores produtores de titânio (cada um responsável individualmente por mais de 10% da produção), mas nenhum deles dominava amplamente a produção (Figura 1). Por sua vez, o Brasil contribuiu com menos de 1% da produção mundial (Bedinger 2016). Segundo Bedinger (2016), a ilmenita é fonte de 89% do Ti produzido no mundo (Figura 2). Em relação à origem dos minerais de titânio atualmente explorados, boa parte deles provém de depósitos sedimentares consolidados ou não. Estes depósitos se formam em decorrência da alta gravidade específica (> 2.85 g/cm3) de alguns minerais como ilmenita e rutilo (Woodruff & Bedinger 2013).

Figura 1. Principais países produtores de titânio em 2014, segundo Bedinger (2016).

Figura 2. Produção de concentrados de minerais de titânio no mundo entre 2010 e 2014. Os valores de escória titanífera e concentrado de ilmenita e leucoxênio são apresentados no eixo da esquerda, enquanto que aqueles relativos ao concentrado de rutilo aparecem no eixo da direita. Dados retirados de Bedinger (2016).

2. MINERALOGIA ==============

Há várias fases minerais onde o titânio é um dos principais constituintes: ilmenita, rutilo, anatásio, leucoxênio, perovskita, titanita e brookita. Entretanto, segundo os dados de produção apresentados por Bedinger (2017), apenas quatro delas são relevantes em termos econômicos: ilmenita, rutilo, anatásio e leucoxênio. As jazidas de titânio dos complexos carbonatíticos da Província Ígnea do Alto Paranaíba (PIAP), em especial a de Tapira (MG), conferem relevância também a outro mineral portador de Ti: perovskita.

A ilmenita (FeTiO2)(Figura 3) é um mineral acessório comum em rochas ígneas e metamórficas. Em função da sua alta densidade, também é encontrada em depósitos sedimentares em meio a outros minerais pesados (Bowles et al. 2011). O sistema cristalino da ilmenita é trigonal, tem densidade específica entre 4,7 e 4,79 g/cm3, dureza entre 5 e 6 e é preta (opaca). Segundo Deer et al. (2013), Mn e Mg podem substituir o Fe, o que caracteriza o sistema ternário (solução sólida) entre FeTiO3 (ilmenita), MgTiO3 (geikelita) e MnTiO3 (pirofanita). Sua alteração, dentre outras fases, pode dar origem ao leucoxênio.

Figura 3. Principais minerais de titânio. Ilmenita por Baum (2008). Rutilo por Géry (2008). Anatásio por Millan (2008). Brookita por Vassil (2008). Perovskita por Silver (2011). Titanita por Millan (2010).

O rutilo (TiO2) (Figura 3) corresponde ao polimorfo de mais alta temperatura e o mais comum na natureza. Tem sistema cristalino tetragonal, densidade específica entre 4,23 a 5,5 g/cm3, dureza entre 6 e 6,5 e é geralmente marrom avermelhado, mas também pode apresentar outras cores como preto, violeta, amarelo e verde (Deer et al. 2013). O alto índice de refração do rutilo permite que pigmentos brancos produzidos a partir dele confiram alta opacidade às superfícies onde são aplicados (Chemours 2018). Este efeito está relacionado com o fenômeno óptico de refração da luz, que leva boa parte da luz incidente sobre pigmentos de TiO2 a ser dispersada, ou seja, a não atravessar o material.

O anatásio (TiO2) (Figura 3) é um dos principais polimorfos de dióxido de titânio. Geralmente é formado a partir da alteração de outros minerais de titânio (Bowles et al. 2011). Seu sistema cristalino é tetragonal, ele apresenta densidade específica de 3,82 a 3,97 g/cm3 e dureza entre 5 e 6. A sua gama de cores é bastante extensa (marrom, amarelo, laranja, verde, azul, azul esverdeado). O anatásio, polimorfo de baixa temperatura do TiO2, ocorre em rochas intemperizadas e metassomatizadas, tais como os bebedouritos do complexo de Salitre (Araújo 2015, Barbosa et al. 2012).

Outro polimorfo de TiO2, a brookita (Figura 3), ocorre como mineral primário em algumas rochas ígneas e metamórficas. Ela também pode ser um mineral secundário e é comum achá-la em associação com rutilo, anatásio e titanita (Bowles et al. 2011). Geralmente é encontrada em veios que cortam rochas ultramáficas que contém titânio. O sistema cristalino da brookita é ortorrômbico. A densidade específica varia entre 4,08 e 4,18 g/cm3, e a dureza entre 5,5 e 6. Ela pode ser amarelada a marrom, vermelha amarronzada ou preta.

A perovskita (CaTiO3) (Figura 3) possui densidade específica de 3,98 a 4,84 g/cm3 e a sua dureza é 5,5. Elementos terras raras, metais alcalinos e alcalino-terrosos podem substituir o Ca, enquanto o titânio pode ser substituído por nióbio e tântalo. Pode ser preta, amarela ou marrom. Geralmente, constitui um mineral acessório em rochas ígneas básicas, frequentemente associadas a melilitolitos, nefelinitos e kimberlitos (Bowles et al. 2011). Entretanto, segundo Barbosa et al. (2012), nos carbonatitos de Salitre, pode constituir até 33% dos bebedouritos. O sistema cristalino da perovskita é ortorrômbico e a sua estrutura cristalina é extremamente compacta, o que desperta interesse em estudos de alta pressão de fases minerais formadas no manto da Terra (Deer et al. 2013).

A titanita (CaTiSiO5) (Figura 3) é um mineral acessório muito comum em rochas ígneas. Ela também pode ser encontrada em gnaisses e xistos ricos em minerais ferromagnesianos (Deer et al. 2013). Ela é monoclínica, apresenta densidade específica de 3,48 a 3,6 g/cm3 e dureza 5. Sua cor pode ser amarela, verde, marrom, preta ou mesmo incolor. A quantidade de elementos traço na titanita é expressiva. A presença comum de Th e U torna ainda este mineral interessante para datação radiométrica.

O produto de alteração comum de minerais de titânio é o leucoxênio. Quando associado a ilmenita, ele é identificado por uma alteração branca esverdeada e representa rutilo e pseudorutilo (Fe2+3Ti3O9) de granulação fina (Deer et al. 2013).

3. APLICAÇÕES

As propriedades químicas do titânio, bem como alguns de seus compostos, tornam-no relevantes para diversas aplicações. Boa parte da produção é convertida em TiO2 e usada na produção de tintas. Este composto é um pó branco empregado como pigmento, capaz de branquear, conferir luminosidade e opacidade a uma variedade de produtos, tais como plásticos, papel e tintas (Lins 2008). Como o TiO2 é relativamente inerte, ele é utilizado para colorir produtos que, caso apresentassem qualquer toxicidade ao corpo humano, poderiam comprometer seriamente a segurança de seus consumidores. Exemplos destes produtos são leite desnatado, pasta de dente e protetores solares (Woodruff & Bedinger 2013).

Apenas 5% do concentrado de minerais de titânio produzido anualmente é empregado na produção do metal titânio (Woodruff & Bedinger 2013). Este metal, devido a sua resistência à corrosão e força, é usado extensivamente na indústria aeroespacial (fabricação de motores de mísseis, estruturas de aviões e veículos espaciais etc.). Ligas de titânio também têm sido estudadas e empregadas no desenvolvimento de próteses dentárias e médicas (Baltar et al. 2008).

4. GEOLOGIA

O titânio pode ser encontrado em praticamente todas as rochas, de forma que concentrações economicamente interessantes deste metal foram descritas em rochas ígneas, sedimentares e metamórficas. Além disso, como se pode observar na Tabela 1, a sobreposição de processos supergênicos e hidrotermais pode originar concentrações anômalas de titânio (Force 1991). Sedimentos inconsolidados constituem a principal fonte de minerais de titânio para o mercado mundial (Woodruff et al. 2017). No Brasil há depósitos de titânio relacionados com rochas sedimentares, ígneas e ainda aqueles relacionados com processos supergênicos (Figura 4). Os principais produtores brasileiros são os municípios de Mataraca (PB), São Francisco de Itabapoana (RJ) e Santa Bárbara de Goiás (GO), apresentados na Figura 4.

Tabela 1 Tipos de depósitos minerais de titânio, minerais associados e exemplos. Modificado de (Force 1991).

Classe Tipo Mineralogia típica Exemplo
Metamórfica Eclogito Rutilo Piampaludo, Itália
Aluminossilicato Rutilo Evergreen, Colorado
Contato entre serpentinito e xisto (fácies xisto-verde) Rutilo Dinning, Maryland
Ígnea Anortosito Rutilo, Ilmenita Roseland, Virginia (parcialmente)
Albitito (kragerito) Rutilo Kragerø, Noruega
Alcalina Perovskita, Nb-Rutilo,

Nb-brookita

Powderhorn, Colorado;

Magnet Cove, Arkansas

Hidrotermal Rutilo Bingham, Utah
Sedimentar Fluvial Ilmenita, Rutilo Gbangbama, Serra Leoa
Glácio-lacustre Ilmenita Port Leyden, Nova Iorque
Depósitos em linha de costa Ilmenita (fresca ou alterada), rutilo Richards Bay, África do Sul; Stradbroke Insland, Austrália; Guaju, Brasil;

São Francisco de Itabapoana, Brasil

Rochas intemperizadas Derivada de rochas alcalinas Anatásio Tapira, Brasil
Derivada de rochas máficas Ilmenita Roseland, Virginia (parcialmente)
Derivadas de placers Ilmenita alterada, leucoxênio Trail Ridge, Florida (parcialmente)

Figura 4. Ocorrências ou depósitos de titânio no Brasil.

A jazida de Guaju (município de Mataraca, PB) é constituída por acumulações sedimentares recentes e possui concentrações relevantes de ilmenita, zircão, rutilo e cianita (Ferreira 2006), as quais são exploradas atualmente pela empresa Cristal. No caso do depósito de São Francisco de Itabapoana (RJ), administrado pelas Indústrias Nucleares do Brasil S.A., a natureza do depósito é semelhante ao de Mataraca, entretanto nele encontra-se também monazita (Schnellrath et al. 2001, Silva 2000). O depósito de Santa Bárbara de Goiás (GO) está relacionado com um corpo gabro-anortosítico, onde se encontram camadas mineralizadas constituídas por ilmenita, magnetita, espinélio e hematita (Santos 2010). Este depósito vem sendo explorado pela empresa Titânio Goiás. Em São José do Norte (RS), a empresa Rio Grande Mineração está implementando o Projeto Retiro, com o objetivo de extrair ilmenita, rutilo e zircão (Queiroz Filho & Amorim Neto 2014).

No complexo alcalino-carbonatítico de Monte Alegre, de idade neoproterozoica, situado no Pará (Lemos & Gaspar 2002) foi descrita uma ocorrência primária e supergênica de minério de titânio, contido em ilmenita e anatásio (Klein et al. 2014). Próximo à divisa entre Bahia e Piauí, em Campo Alegre de Lourdes (BA), encontra-se o Complexo Máfico-Ultramáfico de Campo Alegre de Lourdes (Moraes & Veiga 2008). Corpos de ilmenita-magnetitito pertencentes a este complexo apresentam-se em superfície na forma de morrotes.

Rochas ígneas com concentrações anômalas de titânio são encontradas nos estados de Goiás e Minas Gerais, e estão relacionadas com carbonatitos. Essas rochas são encontradas em Catalão (GO, Figura 4) e Tapira, Araxá, Serra do Salitre, Serra Negra (todos em MG, Figura 5 e Tabela 2). Ainda em Minas Gerais, em Presidente Olegário, foram encontradas rochas com elevadas concentrações de TiO2 no Grupo Mata da Corda, formado por rochas vulcânicas e sedimentares (Figura 5 e Tabela 2).

Figura 5. Principais ocorrências de titânio ou depósitos de titânio exclusivamente no estado de Minas Gerais. A numeração se refere aos itens da Tabela 2. Mapa geológico modificado de Pinto & Silva 2014. Os pontos A1, A2 e A3 correspondem aos pontos descritos por Rosa (2015) no Grupo Mata da Corda.

Tabela 2. Principais ocorrências de titânio ou depósitos de titânio exclusivamente no estado de Minas Gerais. Os pontos A1, A2 e A3 correspondem aos pontos descritos por Rosa (2015) no Grupo Mata da Corda.

TOPONÍMIA MUNICÍPIO ROCHA HOSPEDEIRA ROCHA ENCAIXANTE Latitude Longitude
1 Presidente Olegário – A1 Presidente Olegário Alcalinas máficas

e ultramáficas efusivas

Folhelhos, arenitos , siltitos e conglomerados do Grupo Areado. -18,435815 -46,42574
2 Patos de Minas – A2 Patos de Minas Alcalinas máficas

e ultramáficas efusivas

Siltitos, arenitos, folhelho e lentes carbonáticas do Subgrupo Paraopeba (Grupo Bambuí). -18,542912 -46,721333
3 Carmo do Paranaíba – A3 Carmo do Paranaíba Alcalinas máficas

e ultramáficas efusivas

Folhelhos, arenitos, conglomerados e siltitos do Grupo Areado, além de diamictitos e pelitos do Grupo Bambuí. -18,862238 -46,274046
4 Salitre II Patrocínio Carbonatito Siltitos, arenitos, folhelhos e lentes carbonáticas do Grupo Bambuí. -18,977199 -46,812689
5 Araxá Araxá Carbonatito Quartzito do Grupo Canastra e Clorita xisto do Grupo Ibiá -19,656493 -46,942912
6 Tapira Tapira Carbonatito Quartzito e filito do Grupo Canastra -19,884153 -46,833701
7 Salitre I Patrocínio Carbonatito Siltitos, arenitos, folhelhos e lentes carbonáticas do Grupo Bambuí. -19,018378 -46,776495
8 Salitre III Serra do Salitre Carbonatito Siltitos, arenitos, folhelhos e lentes carbonáticas do Grupo Bambuí. -19,0769 -46,75129
9 Serra Negra Patrocínio Carbonatito Siltitos, arenitos, folhelhos e lentes carbonáticas do Grupo Bambuí. -18,914164 -46,830832

4.1. Titânio em Minas Gerais

Os depósitos de titânio de Minas Gerais estão diretamente associados ao magmatismo alcalino do Cretáceo Superior (Tabela 3). Parte dele é constituído de rochas ígneas alcalinas ultrapotássicas, representadas pelos complexos alcalino-carbonatíticos da região do Alto Paranaíba. Há ainda potenciais depósitos em rochas do Grupo Mata da Corda (Campos & Dardenne 1997), na região de Presidente Olegário (Rosa 2015).

Tabela 3. Depósitos associados aos complexos alcalino-carbonatíticos da PIAP. Modificado de Ribeiro et al. (2014).

Associações Petrogenéticas Afiliação Complexo Composição dos carbonatitos Depósitos
Alto Paranaíba (PIAP) 80-90 Ma Séries bebedourítica, foscorítica, carbonatítica e rochas metassomáticas Ultrapotássica Araxá Mg Nb, P, ETR, Ba, (U), (Ti), (Fe)
Tapira Ca, Mg P, Nb, Ti, ETR, (Fe)
Salitre Ca, Mg P, Ti, Nb, (Fe)
Serra Negra Ca, Mg Ti, P, (Zr), (Fe)
Catalão I Mg P, Nb, Ti, ETR, Vermiculita, (Ba), (U), (Fe)
Catalão II Ca, Mg Nb, P e ETR

4.2. Titânio nos complexos carbonatíticos

Carbonatitos são rochas ígneas raras, compostas por mais de 50% de carbonatos. Minas Gerais abriga parte da Província Ígnea Alcalina do Alto Paranaíba (PIAP), do Cretáceo Superior, a qual é composta por kamafugitos, kimberlitos, lamproítos e os complexos alcalino-carbonatíticos Catalão I e II (em Goiás), Serra Negra, Salitre I, II e III, Araxá e Tapira (Barbosa et al. 2012, Ribeiro et al. 2014). Os complexos da PIAP são conhecidos pela grande diversidade de depósitos que abrigam, dentre eles os de Ti (Tabela 3).

O anatásio constitui os depósitos de titânio dos complexos de Tapira, Serra Negra e Salitre. Os processos de diferenciação em magmas alcalinos e carbonatíticos são importantes para explicar parte da gênese deles. Isso decorre da baixa viscosidade destes magmas alcalinos, o que facilita o fracionamento, permitindo a formação de rochas cumuláticas bebedouríticas ricas em perovskita (Ribeiro 2008; Ribeiro et al. 2014).

Dentre estes complexos merece destaque o de Tapira (Figuras 6, 7, 8 e 9). Este complexo foi formado por várias intrusões e é composto por bebedouritos, dunitos serpentinizados, sienitos, diques ultramáficos potássicos, carbonatitos, melilitolitos e flogopititos metassomáticos. As rochas deste complexo abrigam uma das maiores reservas de titânio do mundo, entretanto, apesar dos esforços e recursos empregados por diferentes empresas, estas reservas ainda não puderam ser aproveitadas (Iluka 2014, Santos 2010).

Nas rochas frescas dos complexos de Tapira, Salitre e Serra Negra, a perovskita encontra-se bem preservada (processos metassomáticos pouco intensos). Desta forma, a alteração intempérica destas rochas, com a consequente transformação da perovskita para anatásio, é a responsável por criar os depósitos de titânio destes complexos (Ribeiro et al. 2014).

Figura 6. Mapa simplificado do complexo carbonatítico de Tapira (MG). Modificado de Iluka (2014) e Brod et al. (2013). As seções geológicas estão nas figuras 7, 8 e 9.

Figura 7. Perfil geológico identificado pelos pontos A e A’ na Figura 6. Modificado de Iluka (2014).

Figura 8. Perfil geológico identificado pelos pontos B e B’ na Figura 6. Modificado de Iluka (2014).

Figura 9. Perfil geológico identificado pelos pontos C e C’ na Figura 6. Modificado de Iluka (2014).

4.3. Grupo Mata da Corda na região de Presidente Olegário (MG)

Formado no Cretáceo Superior, o Grupo Mata da Corda faz parte da Bacia Sanfranciscana e é dividido nas formações Patos e Capacete (Campos & Dardenne 1997). A sua gênese está relacionada com a abertura do oceano Atlântico Sul, quando se formaram rochas vulcânicas máfico/ultramáficas alcalinas e epiclásticas, estas geradas pela erosão das primeiras (Fragoso et al. 2011). Segundo Campos & Dardenne (1997), a Formação Patos é composta por alcalinas máficas e ultramáficas efusivas e, predominantemente, piroclásticas. A Formação Capacete é o resultado do retrabalhamento da Formação Patos. Ela é composta por rochas epiclásticas de granulometria entre argila e seixo. Segundo Brod et al. (2000, 2004), as rochas da Formação Patos podem ser classificadas como kamafugitos e há significativas evidências de que a gênese destas rochas esteja intimamente ligada à dos complexos alcalino-carbonatíticos.

Rosa (2015) realizou um estudo na região de Presidente Olegário com amostras do Grupo Mata da Corda, visando minerais portadores de titânio. No conjunto de rochas analisadas, Rosa (2015) encontrou teores de TiO2 entre 8,2% e 10,7%, os quais são bem elevados considerando-se amostras de rochas semelhantes em outras regiões. Por este motivo, a região de Presidente Olegário tem um bom potencial prospectivo para titânio.

5. ASPECTOS ECONÔMICOS

Em 2014, as reservas mundiais de titânio contido em ilmenita e rutilo totalizavam aproximadamente 770 milhões de toneladas (Figura 10). China, Austrália e Índia eram os detentores das maiores reservas destes minerais. Os dados oficiais mais recentes a respeito das reservas de titânio no Brasil constam no Sumário Mineral 2015 (ano base 2014), editado pelo DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral (Lima & Neves 2016). O Brasil, em 2014, contava com uma reserva de apenas 2,344 milhões de toneladas de TiO2 contido em ilmenita e rutilo (Queiroz Filho & Amorim Neto 2016). As reservas nacionais de TiO2 contido em ilmenita e rutilo entre 1999 e 2014 são apresentadas na Tabela 4 e na Figura 11. Chama a atenção o aumento dramático das reservas de rutilo entre 2003 e 2008, e de ilmenita em 2007 e 2008. A partir de 2009, o volume de reserva dos dois minerais retornou aos níveis anteriores.

Tabela 4. Reservas nacionais de TiO2 contido em ilmenita (ilm) e rutilo (rt). Dados compilados dos sumários minerais brasileiros 2000 a 2014, publicados pelo DNPM. Os dados do titânio correspondentes ao ano de 2006 não estão disponíveis na página do DNPM.

Ilmenita (Ilm) em

10 t

Rutilo (Rt) em

10 t

1999 4.208.000 55.000
2000 3.457.000 77.000
2001 7.259.000 122.000
2002 7.085.000 119.000
2003 11.817.000 3.546.000
2004 5.041.000 3.080.000
2005 4.913.000 3.077.000
2006
2007 84.000.000 2.500.000
2008 114.000.000 2.000.000
2009 2.400.000 1.400.000
2010 3.000.000 50.000
2011 2.223.000 43.000
2012 2.000.000 41.000
2013 2.600.000 40.000
2014 2.300.000 44.000

Figura 10. Reservas somadas de ilmenita e rutilo do mundo em 2014. Dados retirados de Queiroz Filho & Amorim Neto (2016).

Figura 11. Reservas nacionais de TiO2 contido em ilmenita (ilm) e rutilo (rt). Os valores de ilmenita são apresentados no eixo da esquerda, enquanto os de rutilo aparecem no eixo da direita. Dados compilados dos sumários minerais brasileiros 2000 a 2014, publicados DNPM.

A produção mundial de concentrado de rutilo e ilmenita em 2014 totalizou aproximadamente 7,5 milhões de toneladas, com a qual o Brasil contribuiu com apenas 83.000 t. O cenário entre os produtores é um pouco distinto em relação aos detentores das reservas (Figura 12). China e Austrália são produtores importantes, mas África do Sul e Canadá também detém uma fatia importante da produção (Queiroz Filho & Amorim Neto 2016).

Figura 12. Produção de concentrado de ilmenita e rutilo no mundo em 2014 (Queiroz Filho & Amorim Neto 2016).

Minas Gerais detém parte de uma das maiores reservas de titânio contido em anatásio do mundo (Santos 2010). Apesar disto, as reservas de titânio em anatásio encontradas em Minas Gerais, descritas nos anuários minerais, não são citadas nos sumários minerais, que resumem os dados de todo o país (Tabela 5 e figuras 13 e 14). Ainda a respeito das reservas minerais, para os anos de 2004 e 2005 valores muito mais elevados do que a média dos outros anos foram reportados (Tabela 5).

Tabela 5. Reservas de TiO2 no estado de Minas Gerais entre 2001 e 2009. Reservas apresentadas nos anuários minerais publicados entre 2002 e 2010 pelo DNPM.

Ano RESERVAS
MINERAL Medida (t) Indicada (t) Inferida (t) Lavrável (t)
2001 Anatásio 66.551.904 33.207.768 90.205.425 87.526.545
2002 Anatásio 67.976.212 33.207.768 90.205.425 89.389.151
2003 Anatásio 65.436.298 26.239.174 79.225.796 79.271.287
2004 Anatásio 64.997.976 19.269.580 68.246.168 72.034.629
2005 Anatásio 63.595.527 19.269.580 68.246.168 70.632.180
2006 Anatásio 116.051.287 85.510.582 70.349.949 97.282.539
2007 Anatásio 113.166.785 80.093.092 49.285.929 71.321.181
2008 Anatásio 135.572.579 124.988.073 55.770.394 142.043.687
2009 Anatásio 134.347.835 124.988.073 55.770.394 165.127.034
2001 Ilmenita 203.205 14.978 44.280 59.201
2002 Ilmenita 237.149 24.871 44.280 172.707
2003 Ilmenita 281.384 92.249 2.283 281.384
2004 Ilmenita 2.967.822 14.027.543 21.972.997 16.907.710
2005 Ilmenita 2.967.822 14.024.543 21.972.997 16.906.710
2006 Ilmenita 205.582 84.463 13.509 205.582
2007 Ilmenita 189.253 84.463 13.509 189.253
2008 Ilmenita 189.253 84.463 13.509 189.253
2009 Ilmenita 189.253 84.463 13.509 186.295
2003 Rutilo 1.354.940 6.969.594 10.979.629 8.324.534

Figura 13. Reservas medidas de TiO2 contidas em anatásio obtidas nos anuários minerais publicados entre 2002 e 2010 pelo DNPM.

Figura 14. Reservas medidas de TiO2 contidas em ilmenita obtidas nos anuários minerais publicados entre 2002 e 2010 pelo DNPM. Os dados de 2004 e 2005 não são exibidos por serem muito mais elevados do que o restante das curvas. Eles são detalhados na Tabela 5.

5.1. Produção interna

A produção brasileira de titânio é realizada pelas empresas Indústrias Nucleares do Brasil S.A., Titânio Goiás Mineração, Indústria e Comércio Ltda., e pela Cristal Mineração do Brasil Ltda., a qual é responsável por grande parte do titânio beneficiado nacional. Em 2014, a produção brasileira foi de 83,1 mil t (Queiroz Filho & Amorim Neto 2016).

5.2. Importação

No ano de 2014, o valor das importações brasileiras de titânio foi de US$ 448 milhões. Esse valor representa uma queda de 12,4% em relação ao ano anterior, causada pela redução do preço médio dos pigmentos de titânio, os quais constituem o principal item de importação brasileiro (Queiroz Filho & Amorim Neto 2016).

5.3. Exportação

O valor das exportações de 2014 totalizou US$ 44,3 milhões, um aumento de aproximadamente 10% em relação ao ano anterior (Queiroz Filho & Amorim Neto 2016). Este montante é dividido entre a venda de produtos químicos, bens primários (basicamente ilmenita) e bens semi-manufaturados ou manufaturados. Mais da metade deste valor concentrou-se em pigmentos e preparos à base de dióxido de titânio, os quais foram adquiridos principalmente por países da América do Sul. A venda de bens primários (ilmenita) totalizou cerca de 32% e teve a França como principal compradora.

5.4. Consumo interno

Segundo Queiroz Filho & Amorim Neto (2016) e Amorim Neto (2013), é difícil avaliar o consumo aparente de titânio em seus diversos subprodutos. No entanto, estima-se que o consumo aparente de titânio tenha se mantido em patamares bem próximos aos dos anos anteriores, especialmente na fabricação de tintas, esmaltes e vernizes.

5.5. PROJETOS EM ANDAMENTO E/OU PREVISTOS

5.5.1. Titânio na região de Presidente Olegário, MG

Estudos de Rolim (2014) e Rosa (2015) indicam áreas potenciais para titânio no contexto do Grupo Mata da Corda. Ambos os autores encontraram rochas com concentrações de TiO2 próximas a 10%. Além de titânio, o Grupo Mata da Corda ainda apresenta potencial para jazidas de fósforo, ferro, elementos terras raras e diamante.

5.5.2. Titânio em Tapira, MG

As empresas Vale S.A. e Iluka Resources Limited fizeram acordos de desenvolvimento conjunto (Joint Development Agreement, JDA) e de propriedade intelectual (Intellectual Property Agreement, IPA) para avaliação e potencial desenvolvimento do depósito de titânio situado no Complexo Carbonatítico de Tapira (Iluka 2014).

A primeira fase do acordo entre as empresas Iluka e Vale consistia de estudos geológicos e técnicos, análises mercadológicas, assim como do tipo de planta piloto para o estudo do beneficiamento do minério de titânio (Iluka 2014). Os alvos destes estudos eram materiais in situ do Complexo Carbonatítico de Tapira, constituído por um manto de intemperismo com anatásio e ilmenita (minerais residuais), bem como pilhas de material estocado.

A massa de minério do manto in situ é estimada entre 1 e 1,5 bilhões de toneladas, com teores de TiO2 entre 12% e 15%. Já a massa de minério de titânio das pilhas é estimada entre 70 e 100 milhões de toneladas, com teores de TiO2 também de 12% a 15%. Estas pilhas são constituídas pelo material que originalmente recobria as regiões mais ricas em fósforo do complexo e que começaram a ser removidas em 1978, com o início da lavra de fosfato. Além de anatásio e ilmenita, elas contêm também óxidos de elementos terras raras e magnetita.

Passados dois anos, em 2016, este acordo foi encerrado sem perspectivas claras de novas fases. Os estudos não foram capazes de identificar processos viáveis de produção de TiO2, o que foi atribuído à complexidade geológica da jazida e à associação mineralógica presente no complexo (Iluka 2016).

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